Público tem que ficar atento e levar somente objetos necessários para acelerar procedimentos de revista antes do ingresso na arena |
"Nosso objetivo é
manter a integridade física de todos os participantes. Teremos três
níveis de revista para impedir a entrada de pessoas com objetos que
possam trazer transtorno ou dano a terceiros durante a partida",
destacou o chefe do Escritório de Grandes Eventos da Polícia
Militar do DF, Cleber Lacerda.
A primeira vistoria, na
entrada principal do estádio, dura em torno de sete segundos, e será
feita com detectores pórticos – equipamentos comuns em aeroportos
– que denunciam com um apito a presença de artigos proibidos pela
Fifa, como latas, garrafas e objetos cortantes. (Veja quadro de itens
que não podem ser levados).
"Se houver a
detecção de algum produto desse tipo, a pessoa passará por um
agente da segurança privada com detectores manuais e, caso ainda não
seja o suficiente para encontrar o objeto, haverá uma revista manual
em um local reservado", explicou o major da PM, André Amarante.
Outra orientação é não
levar bolsas e mochilas para a partida justamente para dar agilidade
à entrada do público na arena.
"Quem levar esses
acessórios deverá colocá-los em um dos 20 scanners, que farão um
raio-X do que está sendo levado para o interior do estádio",
complementou o major da PM.
Ainda de acordo com André
Amarante, caso a pessoa porte arma de fogo, facas ou outros artigos
proibidos, ela será encaminhada a uma delegacia e, se o objeto for
de uso comum [guarda-chuva], mas proibido no local, o torcedor poderá
voltar à área externa e guardá-lo em seu veículo.
Tudo o que for recolhido
na revista e nos scanners não será devolvido.
Entrada
A revista será feita nas
barracas brancas, montadas ao redor da arena, que terá 16 pontos de
vistoria, com 160 detectores pórticos, dos quais 90 são destinados
ao público em geral e o restante a outros grupos.
"Mães com criança
de colo e pessoas com deficiência terão acessos especiais para a
vistoria. A recomendação para esse público é procurar as barracas
no lado norte, preparadas para recebê-los com rapidez", disse
Amarante.
Para evitar tumultos na
entrada, os participantes devem chegar ao local o mais cedo possível
para ter acesso aos portões, que estarão abertos a partir de 13
horas.
Para o flamenguista
Rubens Barbosa da Silva, 46 anos, que assistiu ao jogo contra o
Santos no último dia 26, o modelo de segurança adotado no evento
deve ser repetido.
"Acredito que a
vistoria de quem entra no Estádio é imprescindível e deve ser
feita na Copa das Confederações para garantir a segurança. O
torcedor que sabe que todos passaram por esse procedimento assiste
com tranquilidade à partida", destacou Barbosa.
Nos dois eventos-teste
não foram registradas ocorrências policias no estádio Mané
Garrincha.
Mudança
de comportamento
Os brasilienses estão
preparados para receber grandes eventos esportivos, além de
aceitarem bem os procedimentos de revista adotados para garantir a
segurança.
Essa é a avaliação é
do chefe do Laboratório de Pesquisas sobre
Gestão do Esporte da Universidade de Brasília (UnB),
professor Paulo Henrique Azevêdo,
que estuda esse comportamento, desde 2007.
"O torcedor está
preparado para a Copa das Confederações e uma das razões para isso
foi a organização feita, nos dois últimos eventos, em conjunto
pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Departamento de Trânsito,
que se mostraram capacitados para fazer a segurança",
considerou, ao lembrar que o poder público conseguiu transmitir
segurança aos torcedores.
O professor Paulo
Azevêdo
ressaltou, ainda, que não houve pessoas "furando" fila, o
que demonstra, na opinião
dele, a "identificação de uma nova sociedade que surge para
atuar nesses eventos, que não vão para tumultuar, mas para
participar". (A.S/J.S)
Agência
Brasília
Ailane
Silva, da Agência Brasília
Quarta,
12 Junho 2013 09:04
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